Um pequeno Trecho...
Esse é um pequeno trecho da história finalizada. É o começo da história, quando Dark chega ao Vilarejo. Só irei mostrar isso para vocês verem como a história está um pouco mais madura:
Capítulo 5
Depois de dois anos caminhando sozinho e de enfrentar várias batalhas, acabei chegando aqui em Valfrenya. Enquanto caminhava pela região, avistei uma fumaça de longe, mas não era uma fumaça normal. Aquilo me lembrou o acontecimento que teve em meu vilarejo. Fechei os olhos e comecei a prestar atenção no que o vento dizia. Era um som melancólico, parecia que pessoas desesperadas estavam chorando. Então comecei a correr em direção daquela fogueira e cada vez que me aproximava, mais dava para se ouvir as pessoas implorando por ajuda. Ao chegar próximo ao castelo, tudo estava em chamas. Havia mais de 200 homens atacando. Aquilo me lembrou o meu passado. Parecia com o que tinha acontecido comigo. Parei por alguns segundos e pensei:
- Aquilo não me importa mais... – olhei para frente, saquei minha espada e entrei no meio daquela guerra. Logo comecei a derrotar todos os saqueadores que apareciam em meu caminho.
Ouvi uma criança pedindo ajuda de dentro de uma casa em chamas. Sem pensar duas vezes, derrubei uma das paredes e salvei uma pequena menina. Ela estava assustada e não parava de chorar.
- Se... Senhor... Meu pai e minha mãe... Salve eles... Salve eles, por favor. – ela mal conseguia dizer alguma coisa.
- Onde eles estão? – perguntei.
Apontando em direção do castelo ela disse:
- Eles ainda não voltaram do castelo. – parecia estar mais calma com a minha presença.
Peguei a menina no colo e corri para o castelo. No entanto, quando estava bem próximo, fui cercado por vários homens. Eu não podia lutar com a menina no meu colo, pois não queria que ela visse sangue. De repente, um homem com cabelos brancos, trajando uma armadura de bronze com uma longa capa vermelha, apareceu e atacou um dos soldados.
- Vovô! – exclamou a menina.
- Obrigado cavaleiro, por salvá-la. – o homem de cabelo grisalho parecia estar mais calmo. - Eu estava a procurando por toda parte. – completou.
- Proteja a menina na sua capa. Não a deixe ver o que vai acontecer a seguir. – alertei para o velho.
O homem atendeu o meu pedido e se abaixou para proteger a menina.
Um dos saqueadores achou arrogante a minha atitude e atacou o homem que estava abaixado. Porém, antes de aplicar o golpe, me adiantei e corri para trás dele, sem hesitar o matei. Sem perder mais tempo, ataquei todos os soldados e em menos de cinco segundos todos estavam mortos.
- Quem é você? – o homem estava espantado, mas sentia-se mais seguro e aliviado.
- Onde estão o papai e mamãe, vovô? – a menina olhava por todos os lados, procurando por seus pais.
- Eles não estavam com você? – perguntou o homem.
- Eles foram até o castelo para falar com o vovô.
- Pelos Deuses! Temos que achá-los. Esses ladrões estão atacando tudo. – o homem estava assustado e preocupado.
- Não, eu irei procurá-los. – eu disse – Leve a menina para algum lugar seguro, se escondam na floresta.
- Obrigado, nobre cavaleiro! Depois que isso terminar você será recompensado. A propósito, eu sou o Rei deste castelo, eu me chamo Perlan. – após dizer isso, pegou a menina no colo e correu para a floresta próxima ao local.
Quando entrei no castelo, vi um homem protegendo uma mulher dos ladrões. Sem piedade um deles o matou e foi em direção da mulher. Eu interferi, antes que fosse atacá-la também. Derrubei os saqueadores sem que eles pudessem me ver.
- Tudo bem com você, senhora? – perguntei.
- Meu... Meu marido... Cadê a minha filha? Onde ela está? – estava desesperada.
- Se a senhora refere-se à menina que, chamou de avô um homem chamado Perlan, saiba que ela está salva. Agora, por favor, saia daqui!
A mulher não podia andar, sua perna direita estava quebrada. Peguei-a no colo e a carreguei para fora do castelo. Quando saímos, havia um homem esperando e ao redor dele havia cerca de 50 saqueadores.
- Vocês foram derrotados por esta criança? – disse o homem apontando para mim.
Calmamente coloquei a mulher no chão. Olhei para o homem e disse:
- Você irá pagar com a vida por ter dito isso e por ter feito isso com esse castelo. Uma pergunta antes de você morrer: Por que estava atacando esse castelo?
- Isso é simples, jovem arrogante. Eu queria diversão e achei que seria divertido atacar esse castelo. – respondeu rindo.
- Por um motivo tão simples, você decidiu assassinar pessoas inocentes? – perguntei.
- Quem você pensa que é criança? Sabe quem eu sou? Sou o ladrão mais temido de todo esse reinado. Já matei várias pessoas apenas por diversão. – continuava a rir.
- E você, “cavaleiro que matou várias pessoas em troca de diversão”, já ouviu falar no... – parei e pensei melhor. Eu não podia dizer que derrotei um homem chamado “Demônio da arma branca” e que era seu sucessor. Não queria assustar as pessoas inocentes que estavam próximas.
- O que foi criança? Ficou com medo de continuar? – caindo em gargalhadas disse o homem.
Fechei os olhos e empunhei minha espada. Caminhei lentamente em direção do cavaleiro, e este, partiu para me atacar, os outros saqueadores fazem o mesmo. Eram mais de 50 contra mim. A primeira coisa que fiz, foi matar todos os saqueadores, deixando apenas o líder deles vivo.
- Eu não quero intromissões na nossa conversa. – eu disse.
O ladrão estava impressionado, parecia não acreditar que seus homens foram derrotados por apenas uma pessoa.
- Me diga quem realmente é você? – perguntou assustado o homem.
- Lhe direi assim que te matar. – respondi – E isso será daqui a três... – mutilei o braço esquerdo dele. - Dois... – fiz um profundo corte na sua costela. - Um segundo! – e finalizei a luta com a espada em seu peito.
Com ele abatido no chão, cravei a ponta de minha espada próxima ao seu rosto e disse:
- Eu sou o Demônio da Arma Branca.
O homem olhou para a lâmina branca da espada.
- Você... Se eu soubesse... não teria o desafiado... Por favor, me perdoe... – essas foram suas últimas palavras em vida.
Após isso limpei o sangue de minha espada. Enquanto isso as pessoas começaram a se aproximar. Ninguém acreditava no que tinha acontecido. “Será um anjo?”, ouvi alguns perguntando para os outros.
- Quem é você, afinal? – perguntou o rei. – Por que está fazendo isso por nós? – não respondi.
Pela expressão do Rei, eu diria que ele não sabia se ficava com medo ou feliz. Afinal, eu podia ser uma ameaça muito maior que o ladrão que morreu. Após isso, a menina que salvei voltou correndo para sua mãe.
- Mamãe, mamãe... Veja mamãe. Foi aquele homem que me salvou. – as duas sorriram.
- Obrigado cavaleiro, muito obrigado. – exclamou a mãe da menina.
- Cadê o papai? – perguntou a menina. A mulher derrubou uma lágrima não conseguia dizer nada... Eu me aproximei da menina.
- Qual o seu nome?
- Meu nome é Kallyn. Tenho oito anos e gosto de brincar no rio. – ela sorria para mim.
- Olá, Kallyn. Eu me chamo Dark. Prazer em conhecê-la.
- Você viu o meu papai? – perguntou enquanto olhava para os lados.
Eu não queria dizer que ele havia morrido, mas também não queria esconder a verdade.
- Eu falei com o seu pai antes dele partir. – respondi – Ele disse que gosta muito de você. Disse para você ser uma menina muito comportada e era para você obedecer a sua mãe...
- Aonde ele foi? – interrompeu ela.
- Seu pai foi para um lugar muito longe, um lugar perfeito para se morar... – eu não sabia o que podia responder, eu não queria fazer com que ela chorasse mais.
- Ele vai demorar a voltar? – perguntou Kallyn. A mãe abraça a menina.
- Só o tempo poderá responder, pequena Kallyn. – me afastei do local.
O homem que morreu protegendo a mãe de Kallyn era genro do Rei, ele foi o único morador a morrer no ataque dos saqueadores.
O rei parecia estar preocupado com o que eu poderia fazer. Então me convida para entrar no castelo.
- O que você realmente quer aqui, nobre cavaleiro? Qual foi o seu real motivo para nos salvar? – perguntou o Rei.
- Quando eu era criança, aconteceu algo parecido comigo. Eu só salvei esse lugar porque, acho que com isso poderei dormir um pouco melhor à noite...
O rei que parecia estar com um pouco de medo, começou a confiar em mim.
- Fique aqui alguns dias. Preciso de homens como você no meu exército.
Acredito que ele tenha pensado em me fazer um Cavaleiro Real.
- Não posso ser um cavaleiro de seu reinado. Sou um cavaleiro amaldiçoado por essa lâmina. – retirei minha espada da bainha.
- Essa espada... É amaldiçoada! Você? Você é o Demônio da Arma Branca? – ele ficou em pânico.
- Sim e não... Ele foi o meu mestre. Porém, como era cruel com pessoas inocentes, o matei.
- Pelos Deuses! – disse o rei mais espantado do que antes – Você foi capaz de derrotá-lo? Fico feliz por você ser uma pessoa justa. Seja um dos meus cavaleiros e eu nunca lhe direi que você é o demônio da arma branca.
- Já disse que não pretendo ser o seu cavaleiro. Diga a alguém quem eu realmente sou e eu mato o senhor. – talvez o meu sorriso e olhar frio tenham o assustado.
- Tudo bem, tudo bem... Fique um tempo conosco, por favor. – o rei pareceu ter sentido medo pelo modo que eu o ameacei, então tentou desviar o assunto – Lhe darei um quarto para ficar, fique o tempo que quiser. Se mudar de idéia em relação a ser meu cavaleiro me avise, por favor. – disse enquanto saia do local.
Eu não disse nada para ele, mas acabei aceitando passar a noite no castelo.
O que me dizem?
...
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